O país volta a comover-se com uma perda que abalou o mundo da saúde pública. Carlos Costa, professor e investigador de excelência da Escola Nacional de Saúde Pública, marido da antiga diretora-geral da Saúde Graça Freitas, morreu subitamente na manhã desta terça-feira, vítima de um problema cardíaco fulminante, em circunstâncias que colegas descrevem como “de cortar a respiração”.

Segundo fontes próximas, tudo aconteceu em poucos segundos. Carlos Costa, de 70 anos, estava a preparar uma aula sobre gestão hospitalar quando, por volta das 10h15, sentiu uma forte dor no peito e desabou diante dos alunos e colegas. “Ele caiu sem um som. Ainda tentámos socorrê-lo, mas não havia nada a fazer”, contou um docente que presenciou o momento, visivelmente abalado.
A notícia chegou rapidamente a Graça Freitas, que se encontrava em Lisboa. Testemunhas relatam que a antiga diretora-geral da Saúde teve de ser amparada por colegas ao receber a chamada. “Ela ficou em choque, não conseguia acreditar. Só repetia: ‘Ele estava bem esta manhã… ele estava bem…’”, revelou uma fonte próxima da família.
O casal, casado há décadas, vivia uma vida discreta, marcada pelo respeito mútuo e pelo compromisso com a saúde pública. Não tinham filhos, mas eram descritos como inseparáveis — parceiros dentro e fora da profissão.
A Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP-NOVA) publicou uma nota oficial de pesar, lembrando o legado de Carlos Costa, que dedicou mais de três décadas à instituição.
“A Direção da ENSP-NOVA manifesta o seu profundo pesar pela partida do professor Carlos Costa, que serviu esta escola entre 1987 e 2023. Um académico de excelência, um mentor e um ser humano de valores inabaláveis.”

Mas fontes internas da escola revelaram algo que aumenta o impacto emocional da tragédia: Carlos Costa teria feito exames médicos há menos de um mês, sem qualquer sinal de anomalia. “Estava saudável, cheio de energia. Tinha planos para viajar com a Graça no Natal. Ninguém entende como isto aconteceu”, contou um colega.
Poucas horas depois da confirmação da morte, Graça Freitas fez uma breve declaração à imprensa, entre lágrimas:
“O Carlos dedicou a vida a cuidar dos outros. Morreu a fazer o que amava — a ensinar.”
Nas redes sociais, figuras públicas e antigos alunos inundaram as páginas da ENSP com mensagens de homenagem e comoção. “Um gigante da saúde pública portuguesa”, escreveu um ex-aluno.