Lúcio Alvarenga foi, durante décadas, um dos rostos mais marcantes do teatro, da televisão e do cinema nacional — um daqueles artistas que atravessam gerações e se tornam parte da memória coletiva do país. A sua carreira começou cedo, quase por acidente, numa noite em que foi chamado à última hora para substituir um ator doente. Esse improviso mudou-lhe o destino.
Em 2003, seria distinguido com o prestigiado Globo de Cristal, na categoria de Melhor Ator de Teatro, pela sua arrebatadora interpretação na peça Copenhaga Sombria. Para muitos, aquele prémio foi um marco; para outros, apenas o início de uma aura estranha que passou a rodear a sua vida.
Na noite de sexta-feira, dia 26, Lúcio — agora com 91 anos — foi encontrado sem vida no seu camarim privado da Casa dos Artistas Independentes, poucas horas depois de ensaiar para uma participação especial numa gala surpresa. A instituição confirmou a notícia na manhã seguinte, referindo causas naturais. Porém, o que os bastidores contam é muito menos simples.
De acordo com fontes internas, o ator passou os últimos dias inquieto, afirmando sentir que “alguém o estava a seguir” desde que começara a escrever as suas memórias — um manuscrito que desapareceu misteriosamente do camarim onde o corpo foi encontrado.
A Casa dos Artistas lembrou-o como “o pequeno Lúcio”, aquele que encantava plateias com o brilho nos olhos e a entrega absoluta. Mas alguns membros, em privado, acrescentaram outra frase que não saiu no comunicado oficial:
“Ele sabia coisas sobre esta casa… coisas que nunca quisemos que viessem à tona.”
Colegas próximos garantem que Lúcio estava prestes a revelar episódios inéditos do seu passado profissional — inclusivamente nomes poderosos do teatro e da televisão que teriam tentado sabotar a sua carreira nos anos 80.
Na manhã seguinte à sua morte, técnicos que entraram no camarim notaram algo ainda mais perturbador: o espelho onde Lúcio costumava maquilh
